O Porco-Espinho
Tema: Convivência
Durante uma era glacial, muito remota, quando parte do globo terrestre esteve coberto por densas camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram, indefesos, por não se adaptarem ao clima hostil.
Foi então que uma grande manada de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começou a se unir, a juntar-se mais e mais. Assim, cada um podia sentir o calor do corpo do outro. E todos juntos, bem unidos, agasalhavam-se mutuamente, aqueciam-se enfrentando por mais tempo aquele inverno tenebroso.
Porém, vida ingrata, os espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhe forneciam mais calor, calor vital, questão de vida ou morte.
E afastaram-se feridos, magoados, sofridos...
Dispersaram-se por não suportarem mais tempo os espinhos dos seus semelhantes.
Doía muito...
Mas essa não foi a melhor solução: afastados, logo começaram a morrer congelados. Os que não morreram voltaram a se aproximar, pouco a pouco, com jeito, de tal forma que, unidos, cada qual conservava uma certa distância do outro, mínima, mas o suficiente para conviver sem ferir, para conviver sem magoar, sem causar danos recíprocos.
Assim aconchegaram-se, resistindo à longa era glacial. Sobreviveram.
Os homens têm tentado aprender a conviver entre si, como os porcos-espinhos. Mas no final do segundo milênio é tempo dos homens aprenderem com os pandas e com os pássaros que se abraçam prazerosamente por inteiro, sem se ferirem, apesar de suas garras e bicos. Esse é o aprendizado do AMOR.
Foi então que uma grande manada de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começou a se unir, a juntar-se mais e mais. Assim, cada um podia sentir o calor do corpo do outro. E todos juntos, bem unidos, agasalhavam-se mutuamente, aqueciam-se enfrentando por mais tempo aquele inverno tenebroso.
Porém, vida ingrata, os espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhe forneciam mais calor, calor vital, questão de vida ou morte.
E afastaram-se feridos, magoados, sofridos...
Dispersaram-se por não suportarem mais tempo os espinhos dos seus semelhantes.
Doía muito...
Mas essa não foi a melhor solução: afastados, logo começaram a morrer congelados. Os que não morreram voltaram a se aproximar, pouco a pouco, com jeito, de tal forma que, unidos, cada qual conservava uma certa distância do outro, mínima, mas o suficiente para conviver sem ferir, para conviver sem magoar, sem causar danos recíprocos.
Assim aconchegaram-se, resistindo à longa era glacial. Sobreviveram.
Os homens têm tentado aprender a conviver entre si, como os porcos-espinhos. Mas no final do segundo milênio é tempo dos homens aprenderem com os pandas e com os pássaros que se abraçam prazerosamente por inteiro, sem se ferirem, apesar de suas garras e bicos. Esse é o aprendizado do AMOR.
Olá Patricia,
ResponderExcluiros "espinhos do outro" são muito dolorosos,e as vezes até insuportaveis. Eles nos ferem, nos acometem, e as vezes nos destroem. Como se diria o proprio Freud, "Somos de carne e osso e vivemos como se fossemos de ferro."
Abraços!
Att Lana